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quinta-feira, novembro 24, 2005

MP3 players e a indústria fonográfica

Desde o início da disseminação dos arquivos de MP3 as gravadoras vêm travando muitas guerras jurídicas para impedir a livre circulação dos arquivos de músicas por aí. Mas a questão está muito complicada de se resolver pro lado deles, e aparentemente todo mundo continua encontrando seus MP3s sem maiores dificuldades.

Parece que a indústria fonográfica não vai conseguir sair tão cedo do atoleiro em que entrou a partir do maior desenvolvimento e disseminação da internet, dos computadores e dos tocadores de música portáteis.

Temos atualmente tanto oferta como procura muito grande pelos tocadores de MP3 portáteis. Muitos presentes de natal serão estes players, alguns integrados a outros equipamentos, como celulares e palms.

Isso significa menos compradores potenciais de CDs, mais baixadores potenciais de MP3 e menor previsão de lucros para as gravadoras.

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A situação fica mais complexa ainda em relação aos podcasts. Muitos deles utilizam músicas como trilhas dos programas sem pagar copyright. A indústria fonográfica está apenas observando e ainda não sabe direito o que fazer. A explosão de popularidade dos podcasts sugere que até o final da década eles serão uma importante mídia de massa. Proibir o uso das músicas nos podcasts seria o equivalente a proibir de tocá-las nas rádios, e as gravadoras dependem da divulgação das músicas pela mídia para vender CDs de seus artistas.

Mais um aspecto desfavorável para as gravadoras é que estão surgindo cada vez mais músicas que podem ser utilizadas livremente nos podcasts, organizadas em portais com licenças de uso que permitem que qualquer pessoa faça o download do MP3 e o utilize livremente nos Podcasts ou onde quiser.

O que deve estar tirando o sono da indústria fonográfica é que, caso haja muita rigidez no controle de uso de suas músicas, as pessoas passem a ouvir mais as músicas livres, levando a uma diminuição ainda mais severa do mercado das músicas pagas.